A cirurgia de varizes é perigosa?
Conforme documentado no Papiro de Ebers (c. 1550 a.C.), no reinado de Amenófis I, faraó da XVIII dinastia egípcia, as varizes manifestavam-se em parte da população da época.
Na Grécia Antiga, existem relatos de que Hipócrates (460–377 a.C.) cauterizava as varizes. Foi ele também o primeiro a notar a associação entre as varizes e o surgimento de úlceras nas pernas.
Hoje em dia, a cirurgia das varizes é uma das mais frequentes a ser realizada. Apesar de as intervenções cirúrgicas poderem estar associadas a complicações, na cirurgia de varizes, as complicações graves são muito raras. Embora também sejam raras em termos estatísticos, as complicações graves associadas às varizes (não tratadas) são bem mais prováveis do que em relação à própria intervenção. Por este motivo, é compensador em termos de risco/benefício que esta seja efetuada.
Obviamente que toda a evolução na medicina e na farmacologia, em particular na cirurgia e anestesia, contribuiu para isso. Por vezes até com alguma banalização dos procedimentos que, em alguns casos, passaram a serem efetuados no consultório.
No entanto, e para que os procedimentos sejam efetuados com elevada segurança, é essencial o devido estudo e planeamento prévio através de exames analíticos e ecodoppler efetuados antes da intervenção. Assim como o devido mapeamento das veias a serem tratadas, imediatamente antes da entrada no bloco operatório.